Sei... depois de 21 dias aqui Europa, sendo que 18 deles na Espanha e 3 na cidade de Roma, me veio algo na cabeça, quando eu estava no 3º dia em Roma na volta pra Espanha, trombei com um cara que tinha escrito na sua camiseta o título desse texto, e deste de então tenho me perguntado se trocaria a minha cidade por outra cidade. Esse pensando me levou a algumas conclusões, de que pior que seja sua cidade comparadas a outras dificilmente você troca sua cidade por outra, mas isso me fez levar em consideração o por que dessa decisão tão sem lógica e por que praticamente cada um ama a sua cidade, isso me fez pensar no que componhe a minha cidade e cheguei a seguintes conclusões:
-Minha cidade é composta por muito mais coisas do que edíficios, lugares, praças e pontos turísticos, minha cidade é composta por pessoas.
-Minha cidade é minha cidade porque eu nasci nela cresci nela e mudei com ela, vi casas serem demolidas, prédios sendo contruídos e criei laços nela.
-Minha cidade, meus roteiros, conheço ela e sei do que gosto e aonde está e como eu posso chegar lá.
Com isso percebi que apesar da limpeza das outras cidades, da maior organização, não trocaria por nada meu Terminal da Lapa, minha Avenida Paulista, meu Metrô, nossa Estação da Luz, minha Freguesia do Ó, minha Augusta e outros lugares por nada nesse mundo. Porque cada pedaço e canto dessa cidade tem uma parte minha, todo canto que eu passei tem uma história e nada pode apagar e nada pode substituir isso pra mim.
Vejo São Paulo como uma namorada que apesar dos defeitos, das brigas e das discuções no final das contas ela acaba sendo perfeita pra mim e insubstituivel pelos momentos que passamos juntos.
"I fall in love with the city
I'm making love with the countryside"
"I love living in the city"
E pra você o que constituí a sua cidade? Você a ama como ela merece?
3 comentários:
Que legal essa postagem!
Fazia tempo que não passava por aqui. Não pude acompanhar o desenvolvimento do Quarto Mundo depois da 3ª temporada, mas fiquei feliz em ver esse blog com uma cara tão diferente do que era quando criei esse espaço.
Sobre seu texto, achei legal em dois pontos: atualmente é bem difícil encontrar alguém que valoriza sua cidade, seu estado, sua pátria a ponto de falar p/ quem quiser ouvir que é o lugar mais perfeito do mundo por simplesmente ser o lugar onde nasceu. Ruim de tudo isso é saber que muitos não terão essa consciência por não sairem de sua terra p/ viver em outros lugares...
É chato admitir, mas existem pessoas que só percebem o valor das coisas que têm quando percebem que não têm mais (mesmo que temporareamente e por mais contraditório que isso possa parecer)
Enfim, bom texto p/ refletir...
Saudades de todo o pessoal do QM!
Beijos, Dri.
é Adriana acho que só percebemos o real valor quando perdemos mesmo, eu sempre amei São Paulo, mas só senti quão grande é agora.
Brigado, e o blog tem mudado bastante propostas novas estão vindo
Dri, que saudades!!! Como está sua vida?
Adorei o post, Lana! Diz muito mesmo. Quando fiz minha primeira viagem para outro país, ficou bem clara a diferença que faz ser nascido e criado no Brasil. Tem violência, tem desigaldade, discriminação e tudo isso é muito ruim. Mas tem uma vontade de viver, uma alegria, uma disposição para ajudar os outros, uma sinceridade e espontaneidade entre as pessoas que só encontrei por aqui. É difícil pensar em abrir mão disso pra sempre. Dá para viajar, dá para passar um tempo fora... Mas escolher outro lugar do mundo para crescer e envelhecer é bem mais complicado...
Beijos,
Ana
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